Projeto Mulheres de Corpo e Alga - CE
O Projeto
O projeto mulheres de corpo e alga começou com muitas pessoas, mas como era um trabalho voluntário muito achavam que não iria dar certo, então hoje o projeto tem apenas 4 homens e 6 mulheres. O projeto existe há cerca de nove anos. Desde o início, ainda no período das discussões, o público sempre foi feminino, em sua maioria.
Para manter a produção, a coleta das algas é feita em maré baixa, amarrando-as em cordas para que elas procriem e, após 90 dias, ser feita a colheita. Ecologicamente correto, o processo de lavagem utiliza a água da chuva armazenada em cisternas e o de secagem tem na energia eólica uma alternativa. No reservatório onde essas famílias trabalham, optou-se pela utilização de canteiros ecológicos.
Após processo de secagem é feito o cozimento desse recurso, de onde se extrai uma base gelatinosa. Essa base é o Agar, utilizado como estabilizante na preparação de alimentos, conservas e cosméticos. É nele que encontramos toda a vitamina e proteína da alga.
Atualmente, o grupo fornece merenda escolar para sete escolas. Há cerca de dois anos que as Mulheres de Corpo e Algas é uma dos grupos que comercializa a merenda escolar, através de licitação. Este ano serão cerca de 10 mil mousses produzidos somente para as escolas.
Além do doce, o grupo também utiliza as substâncias das algas na feitura de cosméticos: xampus e sabonetes, líquido e em barra, que já são vendidos em eventos, feiras e no próprio espaço organizado pelo projeto em Icapuí.
O projeto deu tão certo que o projeto ganhou vários prêmios nacionais, entre eles o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2009; o Selo Mercado Mata Atlântica, em 2012.
O cultivo de algas vermelhas mudou a vida das mulheres da comunidade de pescadores do município. Com a produção de algas, elas preservam a natureza e garantem uma renda extra, confeccionando os produtos de beleza e alimentos para vender.
Raimundo