Produtor/Cineasta
Roberto Pompeu de Toledo aborda no seu texto a chamada indústria da urgência, e traz o exemplo de Tom Jobim, homem que, segundo ele, escapou desta indústria. Afirma o autor que uma das principais características do século XX foi a aceleração do tempo, ou seja, a velocidade em que coisas consideradas importantes outrora, perderam rapidamente seu espaço, e homens, movimentos e outros saíram de cena deixando seus protagonismos enquanto outros tomavam seus respectivos lugares. O autor ainda cita alguns surgimentos e desaparecimentos do século XX como: o comunismo, Zeppelin(uma espécie de dirigível), Che Guevara e John Kennedy e a admiração por eles, a lugoslávia, radinho de pilha, os próprios Hippies e tantos outros. Afirma que algumas invenções do século pareciam ter, já traçado, um destino obsoleto, mas que retornaram e fizeram grande sucesso; exemplifica citando a camisinha. Da mesma forma cita o Cometa Halley, que surgiu como um grande sucesso em 1910, mas no seu retorno, setenta e seis anos depois, em 1986, fracassou. Pompeu afirma que certamente houveram em outros séculos outras tecnologias e cometas de vida breve, mas nada como no século XX, em termos de proporção e tempo. Relata ainda em seu texto que num curto espaço de cinquenta ou sessenta anos a tecnologia experimentou grande avanço, exemplificando com as transições da Maria fumaça ao trem bala, da navalha ao aparelho Gillette Sensor, do cinema mudo ao vídeo laser, do lampião de gás ao forno microondas, como descreve em um dos seus parágrafos, creditando a isso, a indústria ter transformado o próprio tempo em produto. Nesse processo de transformação o autor