RÁDIO AURIVERDE: A imagem como documento e o cineasta como agente da história
Autor: Florisvaldo Júnior. UNESA
O cinema na História é o cinema visto como fonte primária para a investigação historiográfica; a história no cinema é o cinema abordado como produtor de
‘discurso histórico’ e como ‘ intérprete do passado’; e, finalmente, a História do cinema enfatiza o estudo dos
‘avanços técnicos’, da linguagem cinematográfica e condições sociais de produção e recepção dos filmes.
Marcos Napolitano
Palavras-chave: Produção de imagens – Indexação – Arquivo – Utilização dessas imagens – História – Cinema
Resumo
Com a produção de imagens cada vez maior, por si o seu acúmulo também aumenta, o que faz gerar um arquivamento dessas. Essa quantidade enorme de imagens acaba causando diversos problemas, como, de indexação. A história desde 1970 utiliza a imagens como fontes históricas, para suas pesquisas. Assim também cineasta vão utilizá-las. Mas como saber realmente o que essas imagens estão nos informando? Até que ponto historiadores podem têlas como fontes seguras? Qual deve ser a ética dos cineastas que se apropriam delas para articulá-las em uma narrativa? Para isso, estarei abordando a crescente produção de imagens, a elevação dessas como fontes históricas e o filme “Rádio Auriverde” (1991) do Sylvio Back, realizado com imagens de arquivo e de que forma essas imagens são utilizadas em sua narrativa. RIO DE JANEIRO
JUNHO DE 2007
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Introdução
O cineasta Sylvio Back, apresenta uma filmografia singular no Brasil por vários motivos. Está fora do eixo Rio-São Paulo, que concentra o maior número de produções nacionais, tem mais de 30 filmes entre curtas, médias e longas, mantém um número razoável e constante de produção desde 1964 com o seu primeiro filme, um média-metragem intitulado
“As moradas”. Além disso, os seus filmes sempre tratam de temas regionais, resgatando principalmente histórias do sul do Brasil. O que sempre interessa