alfabetização
Falar em alfabetização matemática ainda soa estranho aos ouvidos de muitos. De maneira geral só se reconhece o termo “alfabetização” para denominar o processo de aquisição da leitura e da escrita da língua materna. O fato é que é ainda muito presente na escolarização inicial a ideia de que primeiro é preciso garantir a inserção nos processos de leitura e de escrita para depois desenvolver o trabalho com as noções matemáticas.
Contudo a tarefa de alfabetizar não é simples e vem se modificando ao longo dos últimos anos, o que nos faz pensar na seguinte questão: O alfabetizar matematicamente existe ou é uma utopia?. Para responder essa questão devemos lembrar que não basta apenas aprender a reconhecer os números, é necessário compreender a qual quantidade ele se refere, o que é uma tarefa desafiadora e considerada complexa por muitas pessoas.
A matemática esta em nosso cotidiano e não podemos negar, e ao alfabetizar matematicamente, muitos educadores sentem-se inseguros, pois não “sabem” o método, a forma como alfabetiza-los. Sabemos que alfabetizar a criança para conhecerem letras, formar palavras, é algo muito claro, pois o resultado é visível.
Segundo Kamii ( 1986) muitas crianças demoram a raciocinar qual numero representa determinada quantidade. Muitos aprendem de maneira mecânica, apenas decorando sequencias, mas sem ter o conceito. O professor precisar criar um espaço para que o alfabetizando possa transcrever livremente o seu pensar matemático, intervindo no processo como um conhecimento que pode ser representado de várias maneiras.
Para que o aluno aprenda a matemática, ele precisa se sentir seguro diante de sua representação, precisa descobrir o caminho de uma relação menos angustiante, substituindo o caráter que o oprime na aprendizagem pela alegria da descoberta, para que juntos, aluno e professor, possam aprender, criar e recriar seus conhecimentos.
Kamii (1986) ainda ressalta que a criança progride na construção do conhecimento logico