Processos interativos
Gildete Rodrigues dos Santos IFPE
Aurino Lima Ferreira PPGE/UFPE
Resumo: O trabalho grupal como espaço de pesquisa dos processos de subjetivação compõe uma longa tradição nos estudos da Psicologia, que vai desde os trabalhos iniciais de Freud até os metódicos experimentos de Kurt Lewin, os grupos de encontro de Carl Rogers e os grupos de crescimento transpessoal. Contudo, há uma escassez de reflexões sobre estes processos na formação de jovens universitários que se preparam para o início do trabalho. Encontramos em Bauman a indicação do conceito de “modernidade liquida” que traz consigo a fragilidade dos laços humanos. Neste sentido, este trabalho apresenta a utilização de técnicas de dinâmicas de grupo para estimular o desenvolvimento de habilidades de relações interpessoais em jovens dos cursos da pós-graduação numa Instituição de Ensino Superior em Pernambuco. Realizamos uma observação participante, no intuito de mapear a percepção dos participantes sobre o efeito das dinâmicas de grupo na sua formação. As dinâmicas eram aplicadas no primeiro dia de aula, com duração de três horas, em turmas de quarenta e cinco alunos. Participaram um total de 360 alunos que respondiam a uma avaliação ao final das atividades indicando os efeitos formativos do trabalho realizado. A proposta aqui descrita buscou encaminhar não somente o discurso, mas a ação, a partir das vivências de técnicas de si, para estimular ao ingresso na pós-graduação à comunicação consigo e com o outro. A realização do momento interativo parece criar espaço para vivências mais favoráveis a construção das relações interpessoais, facilitando a comunicação e a empatia.
Palavras-Chave: Juventude, Processos Interativos, Afetividade, Ensino Superior
Introdução
Segundo Bauman (2011), vivemos em tempos de laços esgarçados e de relações frágeis, em que os jovens se “relacionam” via redes sociais e, em muitos