Processos gerenciais
Planejamento e administração são dois fenômenos típicos do Brasil do início do século XXI. Com alguns séculos de atraso em relação aos Estados Unidos e Inglaterra, por exemplo, que usam as ferramentas gerenciais na gestão pública desde o século XVIII, nosso país percebeu que, se existe algo eminentemente racional capaz de otimizar o alcance do bem comum, este é a Administração.
Até pouco tempos atrás imaginou-se que os conhecimentos da economia poderiam nos galgar a patamares continuamente superiores de desenvolvimento (palavra, aliás, que até hoje não se sabe ao certo o que precisamente significa). O resultado, infelizmente, pode ser visto até na fonte originária desses conhecimentos, as universidades: a economia segue em ritmo acelerado de desaparecimento. Na França, por exemplo, praticamente não existe mais formação em economia, o mesmo acontece em inúmeros outros países – e o Brasil não foge à regra, uma vez que os cursos de graduação econômica são cada vez mais escassos.
De forma inversa, à medida que conhecimentos tradicionais perdem a aura de condutores humanos à felicidade na terra, a Administração ocupa, sileciosamente, cada recanto da vida humana associada. Foi assim com nossas empresas privadas que, saindo da mentalidade estamental burocrática, deram um salto gigantesco em direção à vanguarda competitiva no comércio internacional; continua assim em setores onde a administração pública nacional é flagrantemente ineficiente e ineficaz (como nos casos de educação, saúde, segurança etc.), como atestam gestões primoramente modelares de organizações do terceiro setor; e começou a invadir o gerenciamento das coisas públicas, com exemplos inclusive de governos estaduais bem sucedidos.
Se começam a surgir clarões de exemplos bem sucedidos de gerenciamento no setor público executivo, o mesmo ainda não acontece com as instituições de ensino superior. Ainda... Como nada surge do nada, as escolas de gestão e procedimentos profissionais de