Processo diagnóstico do tipo compreensivo
Diagnóstico é o processo analítico pelo qual o especialista utiliza, diante de um exame, de uma doença ou de um quadro clínico, para chegar a uma conclusão. É também o nome dado à conclusão em si mesma.
Para chegar à inferência clínica, chamada de diagnóstico, o psicólogo deve examinar os dados de que dispõe (que englobam informações sobre o quadro sintomático, dados da hiatória clínica, as observações do compórtamento do paciente durante o processo psicodiagnóstico e os resultados da testagem), em função de determinados critérios (critérios diagnósticos), podendo considerar assim várias alternativas diagnósticas. Se certos critérios específicos são atendidos, pode classificar o caso numa categoria nosológica. Para tal fim, deve utilizar uma das classificações ofociais conhecidas, como o DSM- IV. Com base em tal classificação e em aspectos específicos da história clínica, poderá fazer predições sobre o curso provável do transtorno (prognóstico) e planejar a intervenção terapêutica adequada (CUNHA, 2003).
Para chegar a avaliação compreensiva, o psicólogo deve ter um entendimento da natureza da interação clínica, não só na entrevista, mas durante a realização da série de tarefas, implícitas numa bateria de testes, que constituem um campo fértil para observar vários tipos de comportamento e, especialmente, a maneira como o paciente “formula ou distorce a situação a fim de adaptá-la às suas fantasias, atitudes e expectativas profundamente arraigadas (habitualmente inconscientes) sobre as relações interpessoais” (APA, 1980, p.11).
Trinca (1984) referencia que a idéia de um processo diagnóstico de tipo compreensivo decorreu da necessidade de uma designação bastante abrangente, que abarcasse a multiplicidade de fatores em jogo na realização de estudos de casos. O termo deriva de compraehendere quem ,e em latim, significa abraçar, tomar e apreender o conjunto. Designa, presentemente, no diagnóstico psicológico, uma série