Problemáticas na Assistência Social
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Proteção de Direitos e Trabalho em Rede
Componente Curricular: Políticas Públicas I
Docente: Dra. em Serviço Social – Iraci de Andrade
Acadêmica: Jaqueline Elisa Maldaner
AÇÃO SOCIAL X ASSISTENCIALISMO
INTRODUÇÃO
Instituições não governamentais, como, por exemplo, as igrejas, ao distribuírem cestas básicas à população estão realizando obras de ação social ou assistencialismo? É possível a assistência social governamental fazer um trabalho conjunto com as igrejas para promover de fato a ação social? Estas reflexões se fazem pertinentes uma vez que, conforme a Política Nacional de Assistência Social – PNAS – (2004, p. 7), “Muitos, às vezes e ainda, confundem a assistência social com clientelismo, assistencialismo, caridade ou ações pontuais, que nada têm a ver com políticas públicas e com o compromisso do Estado com a sociedade”. Na região de abrangência do CRAS Efapi, no qual sou psicóloga, temos batalhado para averiguar as instituições de caridade ou doravante nominadas de ação social que atuam em nosso território. Temos observado fortemente a presença das igrejas, as quais têm um ministério de Ação Social, atuando na doação de cestas básicas às nossas famílias. Estamos com dificuldades de dialogar com estas instituições para ter acesso às pessoas por elas atendidas, uma vez que, primeiro, não queremos que as mesmas famílias recebam entre os benefícios eventuais da assistência social, como no caso da cesta de alimentos, em duplicidade; segundo, gostaríamos de atender estas famílias numa perspectiva da ação social em conjunto com a igreja, de modo que as famílias sejam encaminhadas ao CRAS para direcionarmos o atendimento na perspectiva de promover o protagonismo, a autonomia e a cidadania. A atuação da assistência social tem caminhado para uma perspectiva de atuação em rede, valorizando instituições governamentais, não-governamentais e a sociedade