Resumo: Da era da composição à era dos gêneros de produção de texto no ensino médio
O ensino de produção de texto em muitas escolas de ensino médio é dado de forma isolada, causando a fragmentação do ensino. A questão a ser levantada é: o porquê desta fragmentação e como se dar a classificação dos conceitos que seria mais e menos relevante para o ensino dos alunos.
O ensino sistemático do escrever: uma historia bastante recente
Houve durante muito tempo, certo favorecimento ao ensino das regras gramaticais e da leitura, e um desamparo ao ensino da produção de texto que acontecia somente nas ultimas series do secundário. Além disso, apresentava aos alunos manuais com modelos de gêneros literários a ser seguido/imitado. O que era chamado de disciplina retórica e poética. Dava-se aos alunos uma porção de textos literários para leitura e absorção, acreditando ser possível assim a reprodução e treinamento das formas cultas.
A partir de 1960 e 1970 ha uma mudança no quadro do ensino, agora, incentivando a criatividade do aluno, dava-se os textos literários para incentivar a criação de texto próprios, entretanto, ainda não se ensina de fato produção escrita. Houve também nesta época, um aumento na produção de livros didáticos voltados para o ensino da redação, devido a visão da língua como um código.
Para tentar resolver os problemas na produção da redação dos alunos, obrigaram todos vestibulares a adotar provas de redação, com isso as escolas viam-se obrigadas a dar ênfase ao ensino de redação. O que para alguns autores não surtia efeito, pois o problema estava em perceber mais as produções escritas dos alunos e não em técnicas pedagógicas.
O texto na sala de aula: redação ou produção de texto?
A partir de 1970 questiona-se do porque o ensino da redação como somente um exercício escolar a fim de corrigir os erros gramaticais, ou seja, aplica-se as redações para saber se o ensino de gramatica foi corretamente aprendido, sem levar em contas os outros aspectos da produção.