Pro dia nascer feliz
Um panorama sobre as adversidades enfrentadas pelo adolescente brasileiro na escola.
Palavras-chave
Escola; Educação; Exclusão; Desigualdade Social; Violência; Aprendizagem; Relações Humanas
Este trabalho mostra uma apreciação do documentário dirigido por João Jardim “Pro dia nascer Feliz”, 2006, onde percebemos o sistema educacional brasileiro sendo descrito a luz de uma realidade escolar. No documentário podemos visualizar contextos sociais, econômicos e culturais, tudo sob uma perspectiva onde a realidade que constitui a estrutura educacional acaba sendo marcada pelo ponto de vista da instituição, do aluno, do professor e de certa forma, da família. Podemos ainda, entender que a intenção do diretor é o de demonstrar a grande lacuna que se estende entre as escolas públicas e privadas, bem como a relação do jovem estudante com a escola, dando ênfase na desigualdade social e na multiplicação da violência.
“...um país com 190 milhões de habitantes, um terço da população dispõe de condições de educação e vida comparáveis às de um país europeu. Outro terço, entretanto, se situa num nível extremamente modesto, comparáveis aos mais pobres padrões afro-asiáticos. O terço intermediário se aproxima mais do inferior que do superior”. (Hélio Jaguaribe, Folha de S. Paulo, 2008)
É notória a grande diferença social apresentada no documentário, tanto financeira, quanto cultural das escolas e regiões abordadas pelo diretor, entretanto, diante de um olhar mais apurado, percebemos também que os problemas estão presentes em todos os lugares do país, e vão se diferenciar, apenas nos aspectos culturais de uma região à outra. São problemas que certamente iremos encontrar em escolas de periferia do Centro-Oeste, Sul e região Norte do país.
O filme inicia mostrando cenas de 1962, onde o locutor faz a indagação sobre qual seria a melhor educação para os jovens da época! Época marcada por aglomerações de jovens revoltados e incorporados a um vandalismo desenfreado, onde