Pro dia Nascer Feliz
Primeiramente precisamos contextualizar o período das gravações do filme em questão. Necessitamos para uma melhor compreensão e critica deste período e, do documentário “Pro dia nascer Feliz”, saber que nos anos de 1990 foi um período marcado pelas privatizações e redução do papel do Estado, e que na década de 2000, inicia-se a retomada dos investimentos públicos com a ascensão da esquerda ao Poder Executivo. O filme é gravado entre 2004 e 2005 em escolas públicas de regiões periféricas do Brasil, mais exatamente em Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro. Existe também o eixo de contra ponto, com entrevistas em escolas da elite paulistana e carioca.
Para elencar a temática educacional podemos começar com o artigo 3º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que diz: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola (Art.3º; Inciso I; LDBE – lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996). Fica claro que essa igualdade de condições não é um fato observado no documentário, se assim o fosse, a dicotomia não seria claramente notada. Nas escolas públicas nota-se um ponto de tangência, o abandono, claro que com suas particularidades, como em Manari/PE – onde a falta de uma escola de ensino médio, obrigava os estudantes a se descolocar até outra cidade, com um ônibus disponibilizado pela prefeitura que no mínimo deveria virar sucata.
A violência é mais gritante em determinados meios, vimos que as escolas do Rio eram mais depredadas, que as escolas Paulistas. Ambas tinham sinais claros de