Identidade Nacional Brasileira - Euclides da Cunha e Demiurgos
Euclides da Cunha, em seu livro “Os sertões”, buscava entender quem era brasileiro, porque parte da lógica europeia, não existiria o povo brasileiro. Em seus relatos, o povo do Brasil profundo, dos sertões, por ter convivido com a aridez climática e com a escassez, o que os tornavam resistentes, mas os levavam ao subdesenvolvimento intelectual. Reconhecia uma miscigenação brasileira. Dizia que existia um povo brasileiro, uma identidade brasileira que não era nem o europeu, nem o índio, nem o negro e ele buscava a compreensão de quem era este povo, por meio da adaptação do modelo de reconhecimento da identidade nacional europeu para o brasileiro. Mesmo feito esta adaptação, Euclides da Cunha utilizava uma lente ainda europeia, que era a lente do racismo, que vinha do “fardo do homem branco”, que vinha do modernismo.
Em 1933, Gilberto Freyre publica “Casa Grande e Senzala”, no qual ele retoma a ideia de que o Brasil é formado por três raças (Branco, índio e Negro), analisando as contribuições, de cada um, para a identidade nacional brasileira. Retoma também a miscigenação como formadora do povo brasileiro. Freyre entendia que por causa desse sincretismo de geração de uma nova identidade nacional, surgiu uma democracia racial, no qual tem