Privatização Vale do Rio Doce
Antes mesmo de sua privatização, a Vale já era a maior exportadora de minério de ferro do mundo, com faturamento anual de R$ 2 bilhões. Descobertas feitas meses antes da privatização apontavam jazidas de ouro no Pará, região onde hoje se encontra a maior província mineral do mundo, a reserva mineral de Carajás. Todo esse patrimônio foi entregue de bandeja aos capitalistas, através de negociatas e transações que lesaram o patrimônio público e colocaram as riquezas minerais brasileiras nas mãos de grupos capitalistas privados. A transação teve ainda o total financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Steinbruch ainda ganhou R$ 700 milhões que estavam no caixa da Vale.
Essa privatização foi muito controversa, por não terem levado em conta o valor potencial das reservas de ferro em possessão da companhia na época, apenas o valor de sua infraestrutura.Verifica-se também que a privatização levou a Vale efetuar investimentos numa escala nunca antes atingida pela empresa, graças à eliminação da necessidade de partilhar recursos com o Orçamento da União. Este ganho refletiu-se em elevação da competitividade da empresa no cenário internacional. Mas, por outro lado, o valor das ações da Petrobras, não privatizada, subiu 1200% no período entre maio de 1997 e junho de 2007 (50% a mais que as ações da Vale, privatizada), seu valor de mercado superou a marca dos cem bilhões de dólares. A Vale incorporou a INCO canadense, em 2006.
Após essa incorporação, o novo conglomerado empresarial CVRD Inco tornou-se a 31ª maior empresa do mundo, atingindo um valor de mercado de R$ 298 bilhões, ultrapassando assim a IBM e - por algumas semanas - até 8 de novembro de 2007, superando a Petrobras em cerca de R$ 8 bilhões.
Com a privatização, a Vale pôde arcar com pesados investimentos, que até o momento somam a quantia de 16,5 bilhões de dólares, fazendo seu lucro anual subir de cerca de 500