PRIVATIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS X CIDADANIA
Em relação à privatização, os serviços públicos servem como um dos principais debates no países capitalistas. São debatidas desde as formas mais adequadas de regulamentação e propriedade no setor, até quais áreas devem ser incluídas na definição desses serviços. Estes constituem uma combinação especial ente a renda investida e o retorno do investimento em equipamentos e tecnologias.
A forma com a qual organiza-se esses serviços de privatização é chamado de tradição social-liberal e tradição social-democrata. Para a organização de tais, duas questões encontram-se diretamente envolvidas, sendo estas a preocupação entre o universo e o fácil acesso a esses serviços, e a melhor forma de evitar o abuso nos preços e tarifas, já que muitos desses serviços são monopólios naturais. Sendo assim, esse setor permanece em mãos de empresas privadas, com a supervisão do governo, estes não permitem o abuso dos preços e exigem o alcance das redes de distribuição, levando em conta os fatores sociais e regionais (modelo predominante nos EUA e Reino Unido). O setor é assumido por empresas estatais e sofrem menor regulação administrativa, mesmo sob o comando do poder público (Brasil e Europa pós-guerra).
Deve-se ressaltar que quando um serviço público é concedido a uma empresa privada, não transforma esse serviço em privado. As privatizações são feitas pelo fato de as empresas privadas possuírem recursos para produzir mais e melhor.
O modelo brasileiro de serviços públicos tem como característica sua limitada universalização e seu uso como instrumento patrimonialista. Portanto, a privatização, neste caso, pode ser vista como um movimento para assegurar a universalização efetiva desses serviços ou até como abandono de qualquer perspectiva de acesso democrático.