Privataria tucana
junho de 2012
especial privataria tucana
Movimentos sociais cobram investigação
Arquivo BDF
Sindicalistas exigem a CPI
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PRIVATARIA MST, MAB e CPT defendem retomada de patrimônio dado a capital privado
Eduardo Sales de Lima da Redação A DENÚNCIA de crimes de corrupção ocorridos em meio a “era das privatizações” comandada por Fernando Henrique Cardoso, que envolve figuras do alto escalão do PSDB, levou os principais movimentos sociais do país a se mobilizarem contra o que denominam de “transferência de patrimônio” para o capital privado. As organizações populares, além de reivindicarem a implementação de um processo investigatório dos fatos por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), defendem a retomada dessas empresas, antes públicas, por parte do Estado. Porém, a luta não se trava somente contra os políticos corruptos de um partido conservador. Assim que o livro-reportagem A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., foi lançado, apesar de a repercussão ter sido grande na internet e suas redes sociais, houve uma tentativa por parte dos principais meios de comunicação de abafar suas denúncias. Segundo João Paulo Rodrigues, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), grande parte da população não sabe do esquema comandado pelos tucanos para desviar os recursos das privatizações para pessoas próximas a José Serra (candidato a prefeitura de São Paulo) porque os canais de televisão, assim como os jornais impressos da mídia burguesa, boicotaram o livro e esconderam as denúncias”, pontua. Nessa mesma linha, Gilberto Cervinski, integrante da coordenação nacional do Movimentos dos Atingidos por Barragens (MAB), acrescenta que além dos políticos corruptos e da mídia, amplos setores empresariais estão envolvidos nos crimes denunciados pelo livro e mais que interessados em encobrir todo o processo de ilegalidades. “Essas denúncias revelam que havia um esquema de corrupção por trás do