Princípios básicos de análise do comportamento
O behaviorismo radical é uma postura filosófica diante do mundo, da ciência e do conhecimento. E propõe como objeto de estudo da psicologia o comportamento dos seres vivos, especialmente do homem. É radical, pois nega ao psiquismo a função de explicar o comportamento, embora não negue a possibilidade de estudar eventos encobertos por meio de um estudo da linguagem como pensamentos, emoções que são acessíveis ao próprio sujeito. As bases do behaviorismo radical são encontradas na obra do psicólogo americano B. F. Skinner no artigo The operatinal analysis of psychological terms onde Skinner pela primeira vez expôs aquilo que passou a ser chamado “a filosofia da análise do comportamento”, o behaviorismo radical. (MATOS; TOMANARI 2002)
No behaviorismo radical, o ambiente deve ser entendido de forma ampla, podendo-se tratar tanto do mundo externo ao organismo, quanto do mundo privado. Assim os pensamentos e sentimentos de uma pessoa, como comportamentos devem ser explicados e não utilizados como explicações do comportamento observável. Para compreender as mudanças que ocorrem no comportamento dos organismos, Skinner propôs o modelo de seleção do comportamento, essa seleção ocorreria pelas conseqüências do comportamento sobre o ambiente e sobre o próprio individuo em suas relações com o ambiente.
O comportamento é mantido por três tipos de variação e seleção: a seleção natural, o condicionamento operante e as contingências especiais mantidas por um dado ambiente social. Essas três variações e seleção funcionam conforme o modelo de seleção pelas conseqüências em que o comportamento é sempre o objeto selecionado. Podendo se dividir em três níveis: filogenético que refere aos comportamentos característicos de uma mesma espécie; ontogenético o qual se refere às contingências constituintes da história de vida do sujeito especialmente as que envolvem o condicionamento operante; e por fim nível social referente às práticas culturais. (ZILIO; CARRARA 2009).
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