Princípio de razão e mundo em schopenhauer
Tendo como base o autor Jair Barboza e seu artigo, Mau radical e terapia em Schopenhauer, pode-se dizer que em um momento da história da filosofia na qual a razão era supervalorizada e considerada um fundamento primitivo absoluto (haja vista o Idealismo Alemão, cujos principais representantes são Hegel, Fichte e Schelling) Schopenhauer surgiu denominando a mesma como mero momento do que ele formulou e nomeou como Princípio irracional do mundo.
Segundo o filósofo alemão, o sujeito é previamente capaz de obter conhecimento e experiência. Sua visão de mundo é construída gradativamente através do Princípio da razão a partir das informações obtidas e recebidas pelos sentidos. Tais informações possuem origem e transmissão submetidas à dinâmica das leis da causalidade que controlam e regulam de forma regrada o espaço e o tempo.
O mundo como representação é, portanto, dividido entre duas partes interdependentes: o sujeito e o objeto. O primeiro consiste em ser o que forma e tem representações, enquanto o segundo é o conteúdo das mesmas.
Para um bebê, por exemplo, tudo é inédito e precisa ser explorado pelo tato, visão, paladar e demais sentidos a fim de se formar a representação do mundo, de conhecê-lo dados os momentos em um determinado espaço de tempo e físico interligados pela causalidade. Entretanto, há outro lado a conhecer, pois o mundo não é só intelecto, é também vontade, irracional, a coisa-em-si, cega, o elemento que move as ações e atividades diversas, a realidade na qual o mundo das representações está inserido.
A vontade é responsável pelo sentimento do indivíduo de ser o centro de tudo, tornando-o capaz de agir visando apenas o seu proveito. É, portanto, considerada pelo autor Jair Barboza, o próprio mau radical. Objetivada pelo corpo enquanto impulso cego, infinito, uno e irracional, o que faz deste, o corpo, mero objeto da vontade, o que pode torná-la visível. Tudo que é exercido sobre ele a afeta,