Principais ideias do capítulo do livro vigiar e punir: nascimento da prisão, Michael Foucault.
Mettray era uma forma de disciplinar no estado mais intenso. Feita para menores de idade que cometeram delitos e passaram pela justiça. Nessa Instituição a mínima desobediência ou palavra inútil era castigada, e castigada severamente, onde a principal das punições era o encarceramento em cela, pois acreditavam que esse era o melhor meio de agir sobre a moral das crianças, e o curioso nisso, era que os muros dessa cela continham a palavra “Deus o vê” porque nesse momento, a religião mesmo que nunca tivesse tocado no coração das crianças, recebe toda a força e emoção. Em Mettray os detentos eram divididos em pequenos grupos, entre os quais se repartem em 5 modelos de referência: O modelo família, o modelo do exército, o modelo da oficina, o modelo da escola, o modelo judiciário. Essa superposição com vários modelos diferentes é como se fosse uma função de “adestramento”. Porque os chefes ou subchefes em Mattrey não são e nem deve ser juízes, professores, contramestres, nem pais ou suboficiais, mas um pouco de tudo isso. Quando as crianças entram nessa colônia, ela é submetida a um interrogatório, pra saber de onde veio, como era a sua família, a falta que levou diante dos tribunais etc. Os homens da direção, que lideravam essas crianças, tinham que viver bem próximos deles, usavam roupas bem humildes e eles praticamente nunca os deixavam, vigiando dia e noite. Dessa forma, Mattrey transformava todo o processo punitivo em técnica penitenciária, com vários efeitos importantes para o corpo social.