O cárcere e a rua
RESUMO
A relação entre o documentário “O Cárcere e a Rua”, dirigido por Liliana Sulzbach no ano de 2004, a obra de Michael Foucault “Vigiar e Punir”, mais precisamente o capítulo “A Mitigação das Penas” e a “Teoria das Janelas Quebradas”, descrita por James Wilson e George Kelling, em 1982 é analisada nesse estudo.
Palavras-chave:
ABSTRACT
The documentary "La Prison et la rue", directed by Liliana Sulzbach in 2004, the work of Michael Foucault "Surveiller et Punir: Naissance de la prison", specifically the chapter "La douceur des peines" and the article "Broken Windows", described by James Wilson and George Kelling in 1982, this paper presents an analysis of
Keywords:
1. INTRODUÇÃO
2- TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS
Ao estabelecer uma ligação entre o grau de manutenção de ordem social e a vulnerabilidade do sistema social a uma escalada criminal, “A Teoria das Janelas Quebradas” desencadeia um fundamento psicossociológico. Uma metáfora que simboliza a premissa que “é de pequeno que se torce o pepino”, já que uma transgressão não deve ter tamanho, deve ser vista como algo nocivo sempre e ser punida. “Pequenas” degradações ambientais e sociais como perturbação do sossego, acúmulo de lixos, desavenças entre vizinhos, pichações podem ser tornar grandes caso não sejam combatidas em sua origem. Pessoas de má fé interpretam o abandono da ordem pública como o um sinal para delitos de qualquer ordem.
Nas cidades norte-americanas, na década de 90 introduziu-se a Política de Tolerância Zero Contra o Crime, tendo como base essa teoria. Apesar do nome essa política não é baseada em qualquer forma de violência. Sua implantação se deu exatamente pelo grande desejo social de repelir a violência em todas as suas formas e manifestações, reconhecendo não ser possível mascarar ações violentas acontecidas em prisões do Estado com qualquer tipo de “cosmética social”.