Primórdios da história da educação e o processo de democratização do ensino no Brasil
Análise do documentário: “Pro dia nascer feliz” de João Henrique Vieira Jardim (2006), relacionando com os textos: “A educação pública como função do Estado” de Gallo, S (1998); e a “Educação e Sociedade no Brasil após 1930” de Beisiegel, C (1986). Observaremos que desde o início da História da Educação, existe uma preocupação quanto ao seu alcance das classes menos favorecidas, e que por trás dessa escolarização existe um propósito. Veremos também que ela é capaz de criar expectativas nos indivíduos que nem sempre serão alcançadas, causará frustrações e falta de esperanças, mas que para alguns (poucos), será a saída (tem efeitos individuais).
Quando se estuda a história da educação, percebe-se que ela sempre foi um assunto muito mais “próximo da sociedade do que do Estado” em quase todos os lugares. Durante muito tempo ela foi “um assunto do âmbito privado, e não público”. Somente com a Revolução Francesa que foi implantado o sistema de instrução pública e “que se estenderia depois pelo mundo” (GALLO, 1998).
Desde o início da História da Educação, existe a preocupação da educação alcançar as classes menos favorecidas. Todavia, vemos que ela tem um propósito muito claro, não é o de oferecer uma instrução plena para que todos tenham o acesso ao conhecimento para saberem lutar em defesa de seus direitos, mas sim o propósito de adestrar as massas para obedecerem a seu intuito sem questionamento, apenas concordando que é o certo a se fazer.
Segundo Gallo (1998), existiram quatro diferentes maneiras de ensino público, “que se sucedem historicamente: a educação pública religiosa, a estatal, a nacional e a democrática”. A educação pública religiosa surgiu com o movimento da Reforma Protestante com Martinho Lutero, e mesmo sendo uma educação voltada para fins religiosos (ex: os fiéis aprenderem a ler para fazerem a leitura da bíblia), existia uma preocupação de cunho social, para que