Ensaio acerca do ensino de filosofia no brasil: apredizagem ou devaneio?
A questão que me proponho analisar no presente ensaio é sobre a aprendizagem aplicada à Filosofia no Brasil. Todos sabemos que ao longo dos últimos anos a disciplina de Filosofia foi reinclusa no Currículo Escolar de Ensino Médio público e privado. Muito mais pela demanda dos vestibulares do que pelo próprio êxito do ensino a filosofia. Se nós da área podemos nos sentir satisfeitos por que agora temos maior campo de trabalho, por outro lado devemos ficar inquietos com o futuro da Filosofia enquanto disciplina aplicada.
Uma outra crítica que cabe aqui é quanto ao ensino de Filosofia dentro mesmo da Universidade, onde nós brasileiros não temos área de pesquisa independente, ou seja, formamos apenas historiadores de filosofia e comentadores de filósofos. Dada essa situação, como responder aos problemas acerca do ensino de Filosofia na Educação?
Gostaria de introduzir o texto com uma breve história da Filosofia da Educação. Desde os primórdios sabemos que a função do filósofo sempre foi encontrar as verdades acerca do mundo, compreendê-lo através do pensamento e observação, interagindo e criando conceitos para palavras já existentes. Filósofos sempre foram os “educadores definitivos” da humanidade, seja pela ousadia do pensamento, ou pelo desprendimento com o que faziam. Não obstante, tenhamos tantos nomes que se debruçaram a escrever sobre Filosofia da Educação, e aqui podemos citar vários como Aristóteles, Platão, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Locke, Rousseau, Kant, Hegel, Conte, Dewey, etc.
Ao analisarmos o contexto atual educacional, percebemos o quão problemática a educação se tornou nos últimos anos. Poderíamos citar inúmeras fendas encontradas no âmbito da pedagogia da escola, a começar pelo fato dela não conseguir atender as necessidades do “homem pós-moderno”, homem esse que nasceu no berço da tecnologia. O problema da democratização da educação não fica restrito à