primeiros capítulos de Denhardt
Professora Valéria da Glória Pereira Brito
Alerson Claret de Jesus – mat.: 201416419
Frequentemente se ouve, na rotina diária da administração pública, que é preciso adotar conceitos e estratégias consagrados na administração privada. Criou-se assim um paradigma que a administração pública possui aspectos negativos que devem ser combatidos e realinhados com as teorias clássicas e científicas da administração privada; que esta é o padrão a ser seguido.
Desta maneira, vê-se um esforço constante na tentativa de adequar a administração pública às Teorias Clássica e Científica da Administração. Conceitos como planejar, dirigir, controlar, ganham força, e a organização das instituições passa a ser vista apenas como um “estado de relações ordenadas entre partes claramente definidas que possuem alguma ordem determinada” (MORGAN, 1996, p. 24).
Até os seus agentes passam a adotar essa postura, incorporando em suas vidas e em seus estados mentais, conceitos mecânicos advindos das organizações, dando como certo esse tipo de comportamento “estandardizado”, tentando sublimar o lado humano de suas atividades e relações, como se isso fosse possível, como se a natureza humana fosse um aspecto negativo a ser combatido implicitamente dentro das instituições (MORGAN, 1996, p. 36).
Romper com esse paradigma, o qual insistentemente baliza a administração pública com conceitos da administração privada, parece ser o primeiro desafio dessa proposta de estudo. Parar de tentar adequar a Administração Pública à Administração Privada.
Como bem definido por Denhardt:
[...] devemos cultivar certo ceticismo em relação às teorias da organização publica (e também em relação às outras teorias). Devemos ter consciência de que as teorias da organização publica, à semelhança das próprias organizações, são artefatos da atividade humana, construções particulares que podem ser mais ou menos conveniente a vários propósitos (DENHARDT, 2012, p. 14).