Primeiras Impressões
“Lá tratamos-nos como irmãos, tanto que é dessa forma que nos chamamos”
Assim foi a primeira (e resumida) definição que recebi do Ir.’. Otelo quando indaguei-o sobre o que era a Maçonaria.
Palavras que tocaram-me profundamente, avivando uma vontade que eu já possuía de trabalhar para o bem da sociedade.
As primeiras e valorosas orientações vindas do Ir.’. César serviram para fortalecer ainda mais esse sentimento.
Com a visita do Ir.’. Juvenal e do Ir.’. César em minha casa, pude perceber a importância e a seriedade com que se trata a família dos IIr.’.
E finalmente era o esperado dia da Iniciação !
Cheguei cedo à Loja e fiquei aguardando com uma certa ansiedade, mas com serenidade no coração.
Entrei no carro e já havia outra pessoa vendada, não sabia que dali a algumas horas essa pessoa seria meu irmão gêmeo: o Ir.’. Epitácio.
O carro partiu em disparada, o som muito alto (mal conseguia ouvir meus próprios pensamentos!), zigue-zagueando pela via (já havia me perdido, não tinha ideia onde estava).
Após alguns minutos, o carro pára e sou de lá retirado e conduzido por estreitos caminhos, verdadeiros labirintos.
Uma frase vinda de um Ir.’. e que me trouxe conforto nesse momento : “Eu sou o teu guia, confies em mim”.
Ao chegar à câmara da reflexão, fui deixado sozinho, entregue aos meus próprios pensamentos.
Uma sala bem pequena, pintada de preto, cuja mobília eram apenas uma mesinha e uma cadeira.
Haviam vários símbolos, lembro-me de uma caveira, esqueleto, foice, vela, galo, ampulheta, as palavras vitriol, vigilância e perseverança,
Haviam também várias frases de advertência, que levaram-me a refletir se era esse caminho mesmo que eu queria.
Entendi que minha permanência naquele cubículo simbolizava a morte da minha vida profana e o renascimento para a Luz.
Respondi (com dificuldade, devido à luz escassa) a um questionário e um