Primeiras impressões na cultura contemporânea
É, de facto, algo com que já lidamos desde sempre. O tema das primeiras impressões não é estranho ao comum dos mortais e, por isso, é fácil apercebermo-nos da sua permanência no dia-a-dia. O ditado popular acima referido é de uso frequente, mas afinal o que significa exactamente? O que são, na realidade, as (primeiras) impressões? Que significado têm elas na nossa vida? Qual o efeito de uma boa e de uma má impressão? Quão relevantes são ou não para a cultura contemporânea?
Vivemos num tempo e numa sociedade em que se preza o valor da imagem, por isso é natural que também as primeiras impressões possam ser originadas com aspectos tão vagos como a maneira de vestir, a linguagem corporal, o sorriso ou o olhar. Inevitavelmente, durante os primeiros momentos de percepção em relação a uma pessoa há uma mútua avaliação, ainda que muito superficial.
Ao longo dos tempos, chegou-se à conclusão de que ao criar-se contacto com uma pessoa não é recolhida toda a sua informação, mas antes aquela que se afigura mais importante e mais explícita. Assim, depois de se formar a primeira impressão, procede-se à categorização da pessoa em questão, agrupando-a segundo características pertinentes para quem cria essa impressão. Esta atribuição inicial de grupos influencia vivamente o comportamento seguinte para com essa mesma pessoa porque mostra, genericamente, o seu perfil psicológico. A categorização permite um comportamento mais adequado à situação em questão e ajuda a poupar tempo nas relações interpessoais. No entanto, é errado basear-se apenas numa primeira impressão e nessa análise superficial para se captar a essência de alguém que se acabou de conhecer. Este conhecimento exige um conjunto de impressões que, na sua totalidade, formam uma ideia que se tem acerca de uma pessoa.
Embora possa parecer estranho, as primeiras impressões têm um carácter bastante persuasivo e tendem a manter-se inalteráveis