Prevenção em saúde no trabalho em ambientes de altas temperaturas
Com o avanço tecnológico e do trabalho, cada vez mais empresas tem substituído o trabalho manual pela mecanização dos serviços. Porém, a realidade Brasileira ainda apresenta um grande número de trabalhos que necessitam da tarefa manual, assim como há muitos trabalhadores cuja única habilidade é para o trabalho físico propriamente dito.
O trabalho em altas temperaturas também é uma realidade e continuará sendo, especialmente as indústrias de vidro, siderurgia, fundição, e outras em que o calor é fundamental para esses processos. Torna-se, portanto de extrema necessidade, entender como o corpo humano reage ao executar tarefas, principalmente as pesadas, a fim de se evitar fadiga pela desidratação e perda de eletrólitos, tão comuns nesses casos. O homem quando exposto a alta temperatura tem o rendimento físico e mental diminuído, e se a exposição não for controlada, pode induzir o trabalhador a erros tornando o risco de acidentes bem maior. As principais fontes de aquecimento do organismo e, portanto, de aumento da temperatura corpórea indesejada, são: radiação de calor a partir do sol ou fontes de calor inerentes ao processo produtivo, atividade muscular, metabolismo, hormônios e o próprio aumento da temperatura corpórea. O trabalhador desenvolve adaptação ao calor e esse processo adaptativo é baseado no aumento da capacidade de sudorese, na redução da quantidade de sódio no suor e na melhoria da circulação em geral.
Para que o trabalho seja realizado de forma segura, sem riscos para o trabalhador e consequentemente para as empresas, algumas recomendações de ergonomia são imprescindíveis:
- Os sistemas de trabalho e pausas devem favorecer as pausas curtíssimas ou curtas. No caso de ambientes de altas temperaturas, deve-se usar o limite de tolerância baseado na medida do IBUTG (Índice de Bulbo úmido-Termômetro de Globo), incluído no anexo III da NR 15 (Norma Regulamentadora). Já em ambientes com