Prevenção do câncer da próstata
No passado, o diagnóstico costumava ser feito quando o tumor já invadia órgãos vizinhos ou formava metástases ósseas. A introdução do PSA e do toque retal rotineiro, nos anos 1990, permitiu identificar lesões em fases precoces e diminuir a probabilidade de morrer por complicações da doença.
O tratamento desses tumores iniciais através da cirurgia ou radioterapia, no entanto, está associado a complicações intestinais, urinárias e da função sexual, que podem comprometer a qualidade de vida.
Enquanto alguns tumores apresentam comportamento agressivo, outros são tão indolentes que dificilmente chegarão a provocar complicações nos pacientes mais idosos, mesmo que não sejam tratados. Nestes casos, o simples acompanhamento clínico e laboratorial pode ser a opção mais adequada.
Depois de rever os estudos publicados de 1950 a junho de 2009, a American Cancer Society acaba de publicar um novo consenso sobre as indicações para a realização dos exames preventivos: PSA e toque retal.
Atualizados pela primeira vez desde 2001, os principais pontos das novas normas são os seguintes:
1) Os exames preventivos devem ser oferecidos a todos os homens com mais de 50 anos que tenham uma expectativa de viver pelo menos 10 anos. Caso contrário, o benefício de um possível tratamento não compensará as complicações associadas a ele;
2) A idade para iniciar os exames depende do risco de apresentar a doença:
*Aos 50 anos, nos homens de risco igual ao da média;
* Aos 45 anos, naqueles que correm risco mais alto: descendentes de negros ou homens com parentes de primeiro grau que receberam o diagnóstico de câncer de próstata antes dos 65 anos;
* Aos 40 anos, nos casos de risco muito alto: diversos familiares com câncer de próstata diagnosticado antes dos 65 anos.
3) Nos casos em que os níveis de PSA estão abaixo de 2,5 ng/mL, o exame pode ser repetido apenas a cada 2 anos (ao