Prevenção do câncer de próstata na atenção primaria
A saúde masculina tem sido uma temática pouco abordada e discutida em relação à saúde da mulher, a qual é objeto de políticas públicas e de várias investigações. Ambos sofrem com a desigualdade de gênero que influencia fortemente sua construção identitária masculina pregada pela sociedade contemporânea. A cada três mortes de pessoas adultas, duas são homens. A cada cinco habitantes que morrem entre 20 e 30 anos, quatro são homens. É fundamental ressaltar que a população masculina vive em média sete anos menos que as mulheres. Em geral, os homens são, constantemente, acometidos por condições severas e crônicas de saúde mais do que as mulheres e também morrem mais pelas principais causas de morte, como as cardiovasculares, diabetes, hipertensão e em especial o câncer de próstata (BERTALOZZI, 2010). Atualmente o câncer de próstata, dentre os outros problemas de saúde que acometem o homem, vem chamando à atenção a baixa procura pelo exame de toque retal (BRASIL, 2009). O câncer de próstata é uma patologia que envolve e acomete em grande escala a população masculina há séculos, notadamente reconhecida como um problema de saúde pública mundial, pela sua magnitude no quadro de morbimortalidade, com níveis alarmantes e crescentes; Sendo temida pelos homens, não apenas pelo seu aparecimento, mas sim, com o método realizado para se prevenir (KUARNE, 2008). A maioria dos homens tem medo de se submeter ao exame de próstata, e isso tem sido um dos fatores que tem levado a morte de muitos deles. Segundo estimativa do Ministério da saúde (MS), para cada oito consultas ginecológicas feitas em 2007, só houve uma urológica. Enquanto quase 17 milhões de mulheres foram ao ginecologista em 2007, apenas 2,6 milhões de homens procuraram um urologista, sendo que todo homem depois de 45 anos, tem que procurar o urologista. A verdade é que ainda há muitos homens que ou por medo ou até mesmo o preconceito de procurar o urologista e