Presocráticos
Os primeiros filósofos gregos
No século VII a.C., o comércio se intensificava na Grécia, gerando riquezas que favoreceram importantes progressos materiais e culturais. Ao mesmo tempo, elaboravam-se técnicas mais eficientes para a produção de bens que proporcionaram melhorias no padrão de vida dos cidadãos. Como criação dos cidadãos, não dos deuses, a polis estava organizada e podia ser explicada de forma racional. A prática constante da discussão política em praça pública pelos cidadãos fez com que, com o tempo, o raciocínio bem formulado e convincente, se tornasse o modo adotado para se pensar sobre todas as coisas, não só as questões políticas.
Nesse ambiente de grandes avanços e transformações no modo de vida urbano, surgiram questões para as quais as explicações mitológicas já não eram suficientes. Foi nesse cenário que surgiram os filósofos pré-socráticos.
Os primeiros filósofos estavam preocupados com o estudo da natureza (physis – conjunto de tudo o que é, ou seja, os seres humanos, as pedras, o céu, as estrelas, as vegetações, o ar e os animais). Nela acreditava-se que era possível encontrar o princípio de todas as coisas, o surgimento e o funcionamento da vida e do Universo.
Procurava-se esse princípio primordial de todos os seres, (a arché) porque, segundo esses filósofos, ele seria a chave para conhecer e explicar tudo o que existe no Universo.
Essa arché, além de estar presente em todas as coisas, também teria uma atividade: seria uma força que, conforme seus diferentes modos de ação daria origem à variedade de fenômenos naturais.
De onde teriam surgido o Sol, as montanhas, os homens? Seria possível concluir que as coisas se originam de algum elemento, de algum ser ou substância que sempre existiu?
E se esse elemento fosse eterno, seria ele capaz de transformar-se em outro? De que elemento teriam surgido os homens?
Os filósofos gregos, observando as constantes transformações que ocorrem na