Estudante
1. A filosofia da natureza: noção e actualidade pretendemos examinar a génese, a pertinência e a actualidade da «cosmologia» ou da «filosofia da natureza», expressão que continua a marcar muito consideravelmente o debate moderno não obstante a autonomia, a emancipação e o desenvolvimento inéditos das ciências da natureza.
a «génese» da cosmologia:
1. na busca «fusiológica» dos pré-socráticos.
2. Outros na «física» de Aristóteles
3. Outros, ainda, na «naturphilosophie» do Idealismo alemão de Schelling e Hegel.
Todas as publicações, clássicas como modernas, sobre a cosmologia ou a filosofia da natureza, retomam no essencial as grandes linhas da física de Aristóteles, a posição mais viável sobre a «génese da cosmologia» é a segunda que situa a origem da cosmologia na física de Aristóteles.
- A sua pertinência: é muito pertinente na medida em que proporciona ao estudante e, não só, uma gama de teorias e de reflexões sobre a origem, a evolução e a dinâmica desta realidade tão complexa, o cosmos.
- A restrição do campo da cosmologia: desde a época antiga até à época medieval, ocupava um campo vastíssimo na busca do conhecimento e da compreensão do mundo. Mas este campo de acção da cosmologia foi se encurtando, sobretudo, a partir da época moderna com o avanço enorme e com a autonomia das ciências positivas.
- A «actualidade e validade» desta cadeira: a cosmologia ou seja, a física da natureza continua actual e válida dentro do edifício do saber. Prova disto é que tantos autores, modernos e contemporâneos editaram e continuam a editar livros com o título de «cosmologia» ou de «filosofia da natureza» de maneira directa ou indirecta.
Notemos também que o desenvolvimento inédito das ciências da natureza não invalida de maneira nenhuma o esforço, a importância e o mérito da cosmologia no edifício do saber. Porque, como já dissemos, a cosmologia estuda o micro e macro – cosmos na sua dimensão transcendental. Ela trata de duas questões