Presença do movimento na educação infantil: idéias e práticas correntes
Parte-se da compreensão da educação como uma prática social. A escola, um processo de construção histórica resultante das ações humanas, um espaço típico no qual se organizam linguagens pedagógicas (GOMES, 2004, p.2). Para que essa prática social e saberes vivenciados pelas crianças na escola não fique somente com a função principal de aprender os conteúdos. (ZABALA, 1998, p. 98), nos diz que aprender significa elaborar uma representação pessoal do conteúdo objeto da aprendizagem, fazê-lo seu, interiorizá-lo, integrá-lo nos próprios esquemas de conhecimento. Esta representação não inicia do zero, mas parte dos conhecimentos que os alunos já têm e que lhes permitem fazer conexões com novos conteúdos, atribuindo-lhes certo grau de significância. [...] Esta intensa atividade mental não se realiza facilmente. É preciso que os meninos e meninas [expressão comumente utilizada pelo autor] sintam a necessidade de se fazer perguntas, de questionar suas idéias, de estabelecer relações entre fatos e acontecimentos, de revisar suas concepções.
A expansão da Educação Infantil no Brasil e no mundo tem ocorrido de forma crescente nas últimas décadas, acompanhando a intensificação da urbanização, a participação da mulher no mercado de trabalho e as mudanças na organização e estrutura das famílias. Por outro lado, a sociedade está mais consciente da importância das experiências na primeira infância, o que motiva demandas por uma educação institucional para crianças de zero a seis anos, (RCNEI, 1998). As discussões em torno da Educação Física na Educação Infantil vêm se intensificando desde a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº9394/96). De acordo com a nova LDB (Art./26, § 3º) A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar. A lei 9394/96 atrela a educação física ao Projeto Político