PREPARAÇÃO FÍSICA
(Publicado na revista "Bola Pesada")
Prof. José Inácio Sequeira
Licenciado em Educação Física pelo
Instituto Superior Cultura Física de Moscovo Hoje, mais do que nunca, face aos actuais quadros competitivos, no futebol e no desporto em geral colocam-se extremas exigências, as quais só encontrarão resposta mediante estruturação e planejamento adequados de treino. Este deverá necessariamente estar ligado a toda uma série de pressupostos inerentes a uma abordagem cientifico-metodológica do mesmo.
O treino desportivo deverá estabelecer, pelos seus efeitos, uma adaptação do jogador a determinadas condições e pela própria competição, estimulando modificações funcionais e morfológicas no organismo, influindo sistematicamente na capacidade de rendimento para atingir os melhores resultados, assegurando uma eficiência máxima com um dispêndio mínimo de energia e uma recuperação rápida.
Através da Preparação Física (P.F.) pretende-se educar as qualidades físicas identificadas nas diversas aptidões motrizes, de grande importância para o desporto: força, velocidade, resistência e flexibilidade - o conteúdo basilar do treino desportivo. A P.F. é, assim, um processo pedagógico, complexo e sistemático, que se serve de diversos exercícios executados de acordo com os princípios gerais do treino desportivo.
- Continuidade - O processo de preparação deve ser estruturado de forma a durar todo o ano e dar continuidade à carga de treino para que os efeitos sejam permanentemente assimilados e aumentados.
- Progressão - A forma de um jogador tem a ver com as cargas de treino, e se elas diminuírem ou permanecerem a um nível idêntico durante muito tempo, isso influirá negativamente (sobrecarga).
- Variação ondulante - As cargas de treino devem aumentar progressivamente segundo uma forma ondulante (alternância da quantidade e qualidade de treino) e directamente relacionada com o calendário competitivo.
- Carácter cíclico de treino -