Prelúdio
Se música moderna teve um ponto de partida preciso, é possível identifica-lo na melodia para flauta do começo da musica Prélude à L’Aprés-midi d’un Faune (Prelúdio à tarde de um fauno) de Claude Debussy (musico e compositor francês (1862-1918)). O termo “moderno” refere-se a estética e a técnica, e não a sua localização no tempo, já que estamos falando de musicas compostas a mais de oitenta anos e num outro século. O Prelúdio foi composto entre 1892 e 1894. O Prelúdio de Debussy “anuncia” a era moderna por conter o que viria a ser uma das principais características da era: a libertação das tonalidades maior e menos, até então toda a musica ocidental composta desde o sec. XVII era nesse padrão. A música não vem a ser atonal (sem tom), apenas não fica presa dentre as notas de uma tonalidade. Debussy deixa duvida quanto a tonalidade, usando notas “estranhas” entre as que definiriam o tom. Em relação a forma, o Prelúdio também é diferenciado, não possui um tema bem definido, Debussy mostra uma ideia aparentemente “indecisa” e que se mostra duas vezes antes do desenvolvimento da música, diferente do que era feito até então.
O Prelúdio além da diferente composição de tom e de forma, também é diferente no andamento e no ritmo. Não se prende em um único andamento e tem diferentes ritmos ao decorrer da música, é livre na medida de tempo. Debussy foi um mestre na delicadeza e nos detalhes da orquestra. Suas musicas são compostas sendo pensado cada instrumento para uma especifica função, tendo como exemplo o tema do Preludio que é feito pela flauta não, e qualquer outro instrumento que viesse a executa-lo não causaria o mesmo efeito. Isso se deve ao fato de Debussy ter uma formação musical nova. Ele fugia de um desenvolvimento logico de uma ideia, de uma narração, sua musica remete mais a imaginação e ao sonho. Ele não se preocupava em pintar imagens sonoras, como ele afirma: “Eu desejaria para a musica uma liberdade que lhe é talvez mais inerente que