preconceito
Esse comportamento é muito parecido com aquele que nossos pais e avós tinham anos atrás (muitos ainda possuem) quando se tocava na palavra sexo, era um tabu, coisa que não se devia falar e por quê? Por que não tinham conhecimento suficiente para abordar o assunto e por fatores culturais.
Hannah Arendt, pensadora política alemã do início do século XX destacou – em seu livro O que é Política? – que as pessoas em geral apresentam esse preconceito e esse “tabu” frente à política por dois motivos principais. O primeiro, talvez o principal, é o de que grande parte da população vive alienada da política, ou seja, deixamos tudo para que os outros escolham ou decidam por nós. O segundo motivo consistiria em não sermos políticos profissionais.
Nesse contexto, as eleições partidárias municipais, estaduais e federais que ocorrem a cada dois anos (ou uma ou outra), são observadas pela maioria da população de forma depreciativa, como se fosse um fenômeno sem utilidade alguma.
Todos somos seres políticos como já dizia o filósofo grego Aristóteles – no livro a Política e em Ética a Nicômaco – que o homem é naturalmente um animal político, um zoon (animal) politikon (político), um animal que vive em sociedade por isso vive na carne e nos ossos a Política.
No vasto oceano da Política, a política partidária é apenas uma gota, pois existem as políticas públicas, humanitárias, religiosas, sindicais etc. Infelizmente muitos de nós efetivamente não entendemos que movimentos cooperativos, participação em sindicatos, em ONGs, em voluntariados também é fazer Política.
Já dizia um pensador que a cara dos governantes (e consequentemente de seus atos) é o reflexo do povo, principalmente daqueles que votaram em tal. Quando vendo o voto por uma coisa qualquer, estou sendo corrupto e já