Ludico
Na infância, uma das ações principais da criança é o brincar, em especial do faz de conta, o imaginar, o descobrir. Brincar com os amigos, brincar com os brinquedos ganhos ou até mesmo com os brinquedos que eles mesmos inventam. Vygotski (2010) afirma que o brincar é uma necessidade infantil. As crianças adoram realizar suas fantasias de criança, colocar sua imaginação em ação, incorporando personagens de seu cotidiano: - do mundo adulto (papai, mamãe, etc); - do mundo do trabalho (motorista, médico, professora, etc); - de histórias infantis ou desenhos animados (fadas, super-heróis, bruxas etc), sentindo-se “o máximo”. Na visão histórico-cultural de Vygostky, Leontiev, Elkonin e outros, o brinquedo é a principal atividade da criança e a fonte mais importante para a formação da experiência social das crianças.
A brincadeira constitui-se em um momento de aprendizagem em que a criança tem a possibilidade de vivenciar papéis, de elaborar conceitos e ao mesmo tempo exteriorizar o que pensa da realidade. A brincadeira é uma atividade humana e social, produzida a partir de seus elementos culturais; deixando de ser encarada como uma atividade inata da criança.
As crianças querem participar da vida dos adultos e é através do jogo de papéis (faz de conta) que isso se torna possível. É uma forma de as crianças interpretarem e assimilarem o mundo, os objetos, a cultura, as relações e os afetos das pessoas.
Justificando tal afirmação, temos Wajskop (1995, p. 28), que nos diz que a brincadeira na perspectiva sócio-histórica é uma atividade social, humana, em que a criança “recria a realidade através da utilização de sistemas simbólicos próprios”. É uma atividade específica da infância.
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“O jogo é a atividade principal das crianças em idade pré-escolar; não porque a criança de hoje passe a maior parte do tempo se divertindo, o que não deixa de ser verdade, mas porque o jogo dá origem a mudanças qualitativas na psique infantil” (MUKHINA,