Preconceito

1246 palavras 5 páginas
Cabeças raspadas
Os skinheads surgiram na Inglaterra, no início da década de 70, em contraponto ao pacifismo que marcou o movimento hippie nos anos anteriores. Tatuados, vestidos com botas e jaquetas de combate, os jovens de cabeça raspada assumiram posições racistas e foram rotulados de neonazistas. As gangues estão presentes em diversos países e são formadas, em sua maioria, por rapazes brancos com idade entre 13 e 25 anos. Seus atos violentos são geralmente dirigidos a estrangeiros, negros e homossexuais. No Brasil, os carecas atacam principalmente nordestinos e gays. Eles se concentram em Estados das regiões Sudeste e Sul.

Já fui um deles
Primeiro skinhead a deixar a gangue e denunciar os colegas, rapaz de 20 anos mostra como jovens podem aderir à selvageria como se fosse coisa normal

O maior medo de Jorge é ser assassinado. O segundo é encontrar um skinhead na rua – "porque se isso ocorrer eu serei um homem morto". Jorge da Conceição Soler tem 20 anos, é negro, usa óculos, carrega um terço no pescoço e nunca se preocupou em ganhar músculos para se exibir nos embates de rua. Tem o perfil adequado para ser uma presa dos skinheads (cabeça raspada, em inglês), nome pelo qual são conhecidos esses militantes da intolerância e da selvageria que costumam espancar nas ruas negros, gays, nordestinos ou punks pelo fato de serem negros, gays, nordestinos ou punks. Mas Jorge Soler foi, ele próprio, um skinhead. Durante três meses pertenceu ao grupo Carecas do ABC, que não discrimina os negros, mas nutre ódio especial contra homossexuais, estrangeiros e punks. Chegou a testemunhar – segundo ele, sem tocar um dedo – o espancamento que levou à morte o adestrador de cães Edson Neris da Silva, que passeava de mãos dadas com o namorado no centro de São Paulo, em fevereiro passado. "Eu via um homossexual no meio da rua e evitava olhar. Morria de nojo dos punks", diz.
Jorge Soler é o primeiro caso de que se tem notícia no Brasil de um skinhead que abandonou o

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