Preconceito linguístico: a mudança da língua e seus fenômenos
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LETRAS
EDUARDO ZUPELLI IVO
PRECONCEITO LINGUÍSTICO: A MUDANÇA DA LÍNGUA E SEUS FENÔMENOS
VITÓRIA
2012
EDUARDO ZUPELLI IVO
PRECONCEITO LINGUÍSTICO: A MUDANÇA DA LÍNGUA E SEUS FENÔMENOS
Artigo apresentado ao Curso de Licenciatura Plena em Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa do Departamento de Línguas e Letras do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para aprovação na disciplina História da língua portuguesa
Orientadora: Profa. Micheline Mattedi Tomazi
VITÓRIA
2012
Introdução
O artigo pretende mostrar, com base na obra “A língua de Eulália” (Bagno, 1997), que o preconceito linguístico existente não passa de falta de informação sobre a história da língua portuguesa.
Falantes que possuem um grau elevado de escolaridade se acham falantes “superiores” aos que não dominam a norma-culta da língua, o que gera o preconceito linguístico. Tal preconceito é um tremendo equívoco, já que o dialeto usado por esses falantes “populares” não é “errado”, a variação da língua possui explicação lógica e científica (linguística, histórica, sociológica e psicológica).
O artigo constituirá em demonstrar e apontar argumentos expostos em Antunes (2007), Bagno (2006), Matheus; Cardeira (2007) e Lemle (2001), com intuito de refletir sobre o preconceito existente na língua.
1. O que é norma?
Segundo Matheus; Cardeira (2007), se não há língua sem variação, a verdade é que também não existe comunidade falante que não tenha consciência de que há “certo” e “errado” na língua que fala: os falantes reconhecem a existência de uma prática