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A Mitologia do Preconceito Lingüístico: mitos
As forma como muitas pessoas às vezes pronuncia de certas palavras e nessa pronúncia acabam trocando o L por o R nos encontros consonantais e isso tem levado a muitos acharem que essas pessoas que falam desta forma não tem instrução escolar nenhuma ou mesmo, são pessoas com “atraso mental” e esse tipo de pensamento não deve ser aceito. Cientificamente essa pronuncia não é sinônimo de atraso mental e sim um fenômeno fonético que até mesmo contribuiu para a formação da língua portuguesa padrão. Do ponto de vista exclusivamente lingüístico, o fenômeno que existe no português não-padrão é o mesmo que aconteceu na historia do português-padrão e este fenômeno recebe o nome técnico de rotacismo, e este participou da formação da língua portuguesa padrão, e ele continua vivo e atuante no português não-padrão atual. Trata-se aqui dos brasileiros que falam na verdade uma variedade não-padrão. Essa pronúncia deve ser aceita pela escola, como uma variante lingüística dos “brasileiros falantes das variedades não-padrão”, a “classe social, marginalizada, que não tem acesso à educação formal e aos bens culturais da elite”.
Podemos perceber, entretanto, que o preconceito citado aqui não é lingüístico na essência, mas, sim, preconceito de culturas. E o que acontece é que muitas vezes o preconceito lingüístico torna-se um preconceito social. Assim como existe o preconceito pela fala de determinadas classes sociais o mesmo ocorre com. determinadas regiões, como o nordeste que é bastante ridicularizada. Como no caso dos nordestinos que aparecem em novelas como grotescos, atrasado, que são criados para provocar riso e deboche por parte dos outros personagens, afinal, se o nordeste é atrasado e pobre conseqüentemente as pessoas que nasceram lá também serão, e isso não é verdadeiro.
No Mito nº 1 – A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente, em que o autor fala da diversidade do