preconceito linguistico
A língua existe porque há seres humanos que a falam. O homem e a linguagem estão ligados pela necessidade que o ser humano tem de expressar as suas ideias de forma objetiva, utilizando a linguagem.
Comunicar-se não é algo que só podemos fazer utilizando a gramática, não é só falar “certo” ou “errado”, considerando alguns padrões linguísticos. Falar é expor ideias com um determinado objetivo, pois o importante é interagir socialmente, lembrando que cada falante possui um tipo de realidade e conhecimento.
Para discutir esse tipo de preconceito que ocorre não pela falta de conhecimento de quem fala o português-não-padrão, mas pela falta de conhecimento de quem comete o preconceito.
O Preconceito Linguístico No Brasil/Mito ou Realidade O preconceito linguístico é fato, mesmo em um país repleto de miscigenação e de contradições. A pergunta que nos rodeia é: se sabemos que não somos um só, se sabemos que a mistura existe, por que a pretensão de unificar a nossa linguagem? Basta olharmos para o lado que iremos nos deparar com índios, nordestinos… Pessoas vindas de diferentes lugares e com diferentes culturas. Como querer que todas se expressem da mesma forma? É humanamente impossível que isso aconteça, pois cada uma dessas pessoas possui diferentes origens e com isso, suas próprias referências, adquiridas através de longos anos. A principal causa para o preconceito linguístico é: o mito da unidade linguística no país, pois pensamos que o brasileiro não sabe falar português. Achamos que o português é muito difícil, que as pessoas têm pouca instrução falam tudo errado e que é preciso saber gramática para falar bem e dominar o português padrão.
O mito citado só favorece a variante padrão da nossa língua e reforça o preconceito com relação a outras variantes, pois sabemos que a linguagem pode ser utilizada como meio de discriminação. Muitos preconceitos são vinculados por meio dela, mas esse ponto que estamos tratando é