Preconceito linguistico
BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: O que é, como se faz. In: III – A Desconstrução do Preconceito lingüístico. São Paulo: Loyola, 2005
Marcos Bagno inicia esse capítulo do livro preconceito lingüístico com uma pergunta: Como poderemos romper com o preconceito lingüístico? Neste capítulo será uma tentativa de se ter uma resposta. Lembrando que o círculo vicioso é a gramática tradicional; os métodos tradicionais de ensino; e os livros didáticos.
O autor comenta que já existem muitos professores com uma visão crítica do assunto, pois os mesmos tiveram acesso a conferências e também leitura de textos e não recorrem à gramática normática. Para estes professores faltam materiais didáticos que os ajudem nessa temática.
Esse capítulo é essencialmente reservado a crítica, pois uma minoria tem acesso à norma culta de falar no Brasil. Bagno comenta que por questões políticas, econômicas, sociais e culturais isso permanece. Por razões culturais o brasileiro não desenvolve e não busca melhorar sua leitura, hábitos como ler e escrever não faz parte da cultura da grande maioria, por isso a importância de se discutir o tema.
Há um grande abismo entre o ideal que é a norma culta pregada no Brasil, a décadas é difundidas pelos clássicos de nossa literatura e o existente no plano real praticada pela grande massa.
Como resolver esse problema, o autor defende a criação de uma gramática simples (mas não simplista) com objetivos didático-pedagógico que sirva de instrumento a prática para professores, alunos e falantes em geral.
Enquanto isso não acontece Bagno comenta que é preciso mudar de atitude e combater o preconceito lingüístico; os professores devem ter uma postura crítica em relação ao seu próprio objeto de trabalho.
O que é ensinar Português? Os métodos tradicionais usados no Brasil visam por incrível que pareça formar professores, e esse realmente precisa ser um especialista, mas é preciso pensar uma forma que visa ensinar a capacitar o falante.
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