Praticas d saúde na antiguidade egito
O povo do Egito vivia cercado pela segurança das colinas rochosas, areias do deserto e mar. A enchente anual do Rio Nilo trazia a fertilidade dos campos e era, em parte, responsável pelo clima de paz e serenidade em que essa civilização se preservou desenvolvendo uma cultura diversa de qualquer outra na Ásia Ocidental.
Os egípcios acreditavam que o homem não morria, mas era destruído por um deus vingativo, um espírito do mal. Acreditava-se que os mortos continuassem no túmulo e sua imortalidade precisava ser assegurada com alimentos e símbolos indispensáveis à vida. Desta forma supunha-se que se o corpo fosse preservado, também a alma e o kA (o eu espiritual) ganhariam a imortalidade. Daí a justificativa para o desenvolvimento dos embalsamadores egípcios. Esta era, no entanto, uma graça concedida apenas aos nobres e reis.
O povo egípcio foi o que nos legou os mais remotos documentos sobre a medicina. Do ano 4.688 ªC. ao 1552 da mesma era, foram escritos seis livros sagrados, onde se acha descrita a medicina prática por este povo que incluem a descrição de doenças, cirurgias e drogas. Um dos mais antigos desses documentos é o anuscrito de IMOHTEP, primeiro autor que menciona o cérebro e seu controle sobre o corpo. A decifração de alguns papiros projetou no séc. XX novas luzes sobre a medicina egípcia: Assim, o papiro de Berlim é do apogeu da época faraônica. Nele se encontraram 170 prescrições. As fórmulas médicas são seguidas de fórmulas religiosas, que o doente devia pronunciar enquanto tomava o remédio. Aquele que preparava a droga devia fazê-lo ao mesmo tempo em que dizia uma oração a Isis e a Horus, princípio de todo bem.
O papiro de Ebers conservou verdadeiros tratados de medicina que se supõe serem fragmentos dos livros herméticos. Esses eram uma enciclopédia religiosa e científica formada por 42 volumes que foram destruídos no incêndio da biblioteca de Alexandria.
O papiro de Leide só aborda a medicina do ponto de vista religioso. Mas é certo