Pratica da psicologia hospitalar
A prática da psicologia hospitalar Ricardo Gorayeb A inserção do psicólogo no Hospital Geral Quando os primeiros psicólogos brasileiros começaram a trabalhar em hospitais, na década de 1960, não havia ainda um modelo claro a ser seguido, de um lado por que eram pioneiros no país e de curro lado por que a própria psicologia como ciência estava ainda se consolidando em países mais desenvolvidos, não tendo ainda produzido modelos experimentados e bem sucedidos. Assim, uma boa pane destes profissionais passou a reproduzir práticas do consultório psicológico na sua atividade no hospital, ou mesmo a trabalhar como assessor de Psiquiatras, sem uma verdadeira interação entre os profissionais com cada um contribuindo com seus conhecimentos específicos, ou mesmo exercendo somente a função de psicometristas, sem participar ativamente do atendimento ao paciente. A reprodução das práticas de consultório, que consiste em tentar levar para a beira do leito a postura de psicoterapeura clássico, não floresceu e não poderia mesmo florescer, por não trazer respostas às necessidades do paciente e da própria equipe. Além disto, carecia de ambiente apropriado e não atendia às demandas de apoio e informação que o paciente internado tem. É imprescindível, ao se trabalhar com Psicologia em ambiente hospitalar, entender-se que ali não se faz somente Psicologia, mas sim Psicologia Médica. E por psicologia médica se entende o estudo das situações psicológicas envolvidas na questão mais ampla de saúde do paciente, com destaque para o aspecto da saúde orgânica. Os aspectos psicológicos são vistos e tratados como associados à questão de saúde física, não devendo desta ser dissociados. Não se trata de diminuir a importância da psicologia, mas sim de adequá-la, para uma maior eficiência. Também, deve-se ressaltar que o paciente hospitalizado não é