pragas que afetam as plantas a canade acúcar
Os cupins são insetos sociais, de hábitos subterrâneos, pertencentes à Ordem Isoptera. Existem cerca de 2500 espécies e vivem em colônias altamente organizadas, onde o princípio básico é a sobrevivência da colônia e não do indivíduo. A alimentação preferida é a matéria orgânica morta ou em decomposição, mas alimentam-se também de vegetais vivos.
Os principais prejuízos ocasionados pela infestação de cupins são causados aos toletes destinados aos novos plantios. Penetrando pelas extremidades, os cupins destroem o tecido parenquimatoso e as gemas, causando falhas na lavoura. Nas brotações, o ataque ocorre no sistema radicular, provocando debilidade da nova planta. Logo após o corte, e principalmente quando houve queima do talhão, o ataque ocorre na soqueira através da incisão dos tocos e conseqüente destruição das raízes e rizomas.
Nas canas adultas, a penetração ocorre através dos órgãos subterrâneos secos, atingindo até os primeiros internódios. Cana cortada e deixada por algum tempo no campo também é atacada pelos cupins. Havendo escassez de matéria orgânica decomposta, os cupins podem atacar folhas de brotações novas. A destruição dos ninhos e dos restos culturais, através de um profundo preparo do solo, constitui um método de controle.
Na cultura da cana-de-açúcar, os cupins podem causar danos de até 10 toneladas por hectare no ano, o que representa cerca de 60 toneladas por hectare durante o ciclo da cultura.
Já foram identificadas junto à cana-de-açúcar mais de 12 espécies de cupins e há outras em fase de identificação. Dentre as já enumeradas, as mais danosas pertencem às espécies Hetterotermes tenuis, Hetterotermes longiceps, Procornitermes triacifer, Neocapritermes opacus e Neocapritermes parcus. No Nordeste, os cupins mais importantes pertencem aos gêneros Amitermes, Cylindrotermes e Nasutitermes.
H. tenuis
P. triacifer
N. opacus
Nasutitermes sp
Syntermes dirus
C. bequaerti
Controle
No controle dos cupins subterrâneos,