monografia
1 INTRODUÇÃO
A cultura da mandioca, Manihot esculenta (Crantz), se destaca como fonte de energia na alimentação humana e animal, na indústria de derivados e como geradora de empregos diretos e indiretos (SILVA et al., 2007), sendo largamente cultivada nos trópicos devido a sua grande adaptabilidade, principalmente nos paralelos 30° de Latitude Norte e
Sul.
O seu cultivo pode ser realizado, tanto em condições de alto nível de tecnologia, bem como sem o emprego de insumos agrícolas, sendo a segunda alternativa a mais utilizada nas pequenas propriedades, principalmente no semiárido nordestino (SANTANA et al.,
2008). No Maranhão o sistema de cultivo que predomina nos munícipios da região é o consorciado com milho e arroz cujo plantio é iniciado em janeiro e no início das chuvas, sendo do tipo “roça no toco”, com baixa tecnologia o que torna a produtividade baixa.
Constitui a base alimentar de aproximadamente 800 milhões de pessoas no mundo, sendo considerada a quarta fonte de carboidratos nos trópicos, perdendo apenas para o arroz, canade-açúcar e milho (NASSAR, 2006).
O ácaro verde, Mononychellus tanajoa (Bondar) (Acari: Tetranychidae), é uma das principais pragas da cultura da mandioca no Brasil, tendo uma ampla distribuição na
América do Sul e em alguns países da África, devido às condições abióticas (temperatura elevada e umidade relativa baixa), que favorecem a sua infestação (FLECHTMANN, 1985;
YANINEK, 1989; GONÇALVES et al., 2001a, MORAES & FLECHTMANN, 2008).
O baixo retorno econômico, o longo ciclo da cultura e os limitados recursos dos produtores de mandioca são fatores que inviabilizam o uso de produtos químicos no controle do ácaro verde (BELLOTTI et al. 1999).
O uso de produtos derivados da indústria química no controle de pragas na agricultura tem sido questionado. Problemas advindos do uso indiscriminado de agrotóxicos sobre a natureza e o homem, tais como poluição da água e do ar, a contaminação de alimentos, o aumento da