A obrigação de inovar
A obrigação de inovar
Em um mundo tão mutante quanto imprevisível, só ganha o jogo quem estiver disposto a reescrever periodicamente as regras de sua empresa e de seu setor. Por Gary Hamel
S
vantagem competitiva é hoje mais importante do que a vantagem comparativa entre as nações. A medida da competitividade de uma empresa não é a capacidade de competir nos Estados Unidos, na Europa ou em qualquer outro lugar, mas sim a de transformar seu setor para que gere nova riqueza.
Nos últimos 150 anos, a renda per capita mundial explodiu, saltando de uma média de
US$ 150 para mais de US$ 10 mil. Contudo, a riqueza está distribuída de maneira muito desigual. O verdadeiro desafio de hoje não é o marketing business-to-business (entre empresas), mas o o business elevado à quarta potência, para que os próximos bilhões de pessoas participem da economia. Isso não será possível sem inovação.
As forças que atuam
Nunca acreditei nas diferenças entre a nova e a velha economia; lá fora só existe uma economia. Contudo, desde a derrocada das ponto.com, sabemos que as coisas são diferentes. Primeiro: a mudança mudou (a redundância de palavras é proposital); deixou de ser contínua para se tornar inesperada. Até uma empresa como a Cisco, supostamente uma das mais capacitadas para a Internet, perdeu uma
Sinopse
importante oportunidade e teve de contabilizar um prejuízo de US$ 2,5 bilhões em estoques. A mudanMudança descontínua, capitalismo sem fricção, novos ça mudou e o certo é que existem muito poucas pescompetidores, convergência de estratégias e ciclos de vida soas e organizações capazes de mudar tão rápido de produtos cada vez mais curtos são fatores que tendem como o mundo a seu redor. a minar o sucesso das atuais estratégias. O especialista em
Um segundo aspecto diferente é o chamado caestratégia Gary Hamel adverte nestes highlights de uma pitalismo sem atrito. A Sun Microsystems, a Micropalestra proferida recentemente em Buenos