pra que te quero
Maria Isabel Edelweiss Beujes.
Um pouco da História. As creches e pré-escolas surgiram depois das escolas, o seu surgimento muitas vezes é associado com o trabalho materno fora do lar, a partir da revolução industrial. Devemos lembrar que um novo modelo de estrutura familiar surgiu; a conjugal; pai, mãe e seus filhos, diferentemente de antes, quando era ampliada, com mais adultos, que poderia “suprir” o cuidado materno. Lembremos também que muitas teorias defendiam que proporcionar educação, protege a criança da preguiça, de influências negativas e vagabundagem, que eram características, consideradas, de pobres. No século XX, o Brasil expandiu as escolas e recebeu influencias das ideias de médicos e dos psicólogos, que desenvolveram normas as quais as condutas das crianças e famílias deveriam ser consideradas normais ou patológicas. Essas práticas fez surgir muitas discriminações por jugarem o que é “certo”, “normal”, “adequado”, “diferente”, como com as crianças denominadas “excepcionais”, consideradas incapazes de certas aprendizagens e de adaptação em grupo de crianças “normais”. Enfim a creche e pré-escolas surgiram devido mudanças econômicas, politicas e sociais.
E, então, pra quê? A educação das crianças pequenas envolve dois processos; educar e cuidar, pois precisam de carinho, atenção, segurança, pois é necessário para sobreviverem e importante para a inserção delas no mundo. Cuidar envolve a preocupação com a criança num todo, da disponibilidade de funcionamento compatível ao dos responsáveis, até a organização de espaço num todo. Muitas creches têm voltado seus objetivos para educar, disciplinar e impor silêncio, obediência e submissão, diferentemente de como deve ser, ver as crianças como sujeitos onde é predominante nelas, a fantasia, sonhos, brincadeiras e manifestações de caráter subjetivo. Negligenciando o cuidado juntamente com o educar, quem perde é a criança.
A educação infantil, como um