Jurassic Park
LINNAEUS, 1797
"Nao se pode recriar uma forma de vida extinta. " ERWIN CHARGAFF, 1972
Introdução "O Incidente InGen" O final do século 20 testemunhou uma corrida do ouro científica de proporções assombrosas: a fúria delirante e desesperada para comercializar produtos da engenharia genética. Essa empreitada realizou-se com tanta rapidez
— e tão poucas críticas isentas — que suas dimensões e implicações são praticamente desconhecidas.
A biotecnologia acena com a maior revolução na história da humanidade. Ao final desta década, terá superado os computadores e a energia atômica em termos de efeitos na vida cotidiana. Nas palavras de um estudioso, "a biotecnologia transformará cada aspecto da vida humana: medicina, alimentação, saúde, entretenimento, até mesmo nosso próprio corpo. Vai mudar literalmente a cara do planeta."
Mas a revolução da biotecnologia difere, em três aspectos importantes, das transformações científicas do passado.
Em primeiro lugar, os Estados Unidos ingressaram na era atômica através do trabalho de um único instituto de pesquisa, em Los Alamos. A entrada na era dos computadores resultou dos esforços de uma dúzia de empresas. Mas a pesquisa biotecnológica atual vem sendo conduzida em mais de dois mil laboratórios, somente naquele país. Quinhentas multinacionais gastam cinco bilhões de dólares por ano nessa área.
Em segundo lugar, grande parte da pesquisa é frívola ou inconseqüente.
As tentativas de criar trutas mais claras para permitir melhor visualização na água, árvores