Dinossauros
Jurassic Park pode ser descrito como uma aula de história contemporânea. Essa aula pode familiarizar o aluno com uma questão central: o que é ciência? A partir do filme podemos perguntar: o que é história da ciência.
Jurassik Park mostra os limites da ciência como uma sucessão de descobertas infalíveis e os problemas éticos de sua apropriação mercadológica na sociedade contemporânea.
Só que o filme coloca essa questão de modo acessível ao público leigo. Pode-se afirmar que o filme é uma crítica a uma idéia de ciência que se baseia numa visão utilitarista da mãe natureza. A exemplo, o empresário de Jurassik Park financia as pesquisas com a finalidade de transformar os resultados das experiências biotecnológicas em um parque turístico.
Críticos de diversas áreas do conhecimento chamam esse utilitarismo ou essa concepção de ciência, de cientificismo ou positivismo. Neste caso, a ciência positiva é aquela que lida com com pesquisas utilizando a natureza com fins econômicos e lucrativos.
A crença implícita nesta concepção é que a natureza existe unicamente para dar lucro ao homem. Lucro tem a ver com economia e esta é uma palavra chave para a compreensão de qualquer período histórico. A partir do momento em que a ciência se instala como meio de conhecimento do mundo e do homem, as estruturas capitalistas se apropriam das práticas científicas e as utilizam para reprodução de sua lógica financeira. O filme trata disso: podemos usar a ciência para criar um parque de dinossauros e assim nos tornarmos milionários?
O professor pode orientar o aluno nesse caminho ao observar as premissas do filme. Uma delas é que os dinossauros a serem vistos são mostrados primeiramente aos olhos do paleontólogo e