Positivismo
O Positivismo é uma corrente sociológica cujo precursor foi o francês Auguste Comte (1789-1857). Surgiu como desenvolvimento sociológico do Iluminismo e das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial. Propõe à existência humana valores completamente humanos, afastando radicalmente teologia ou metafísica. Assim, o Positivismo - na versão comteana, pelo menos - associa uma interpretação das ciências e uma classificação do conhecimento a uma ética humana, desenvolvida na segunda fase da carreira de Comte.
Todavia, é importante enfatizar que a palavra "Positivismo" não é unívoca, pois há correntes de outras disciplinas que se consideram "positivistas" sem guardar nenhuma relação com a obra de Comte. Exemplo paradigmático disso é o Positivismo Jurídico, com o austríaco Hans Kelsen, e o Positivismo Lógico (ou Círculo de Viena), de Rudolph Carnap e seus associados.
O Positivismo teve grande repercussão na segunda metade do século XIX, mas perdeu influência no século XX para outras correntes de pensamento.
A influência do pensamento positivista no Brasil
O positivismo teve influência fundamental nos eventos que levaram à Proclamação da República no Brasil, destacando-se o Coronel Benjamim Constant (que, depois, foi homenageado com o epíteto de "Fundador da República Brasileira").
A conformação atual da bandeira do Brasil é um reflexo dessa influência na política nacional. Elaborada por Raimundo Teixeira Mendes (1855-1927), ela procura indicar ao mesmo tempo a continuidade social do Brasil (o retângulo verde e o rombo amarelo) e a mudança (ou seja, o avanço) de regime político que então se operava no país (a esfera armilar). Na bandeira lê-se a máxima política positivista Ordem e Progresso, surgida a partir da divisa comteana O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim.
Outros positivistas de importância para o Brasil foram Nísia Floresta Augusta (a primeira feminista