Positivismo
O positivismo surgiu ligado às transformações da sociedade européia ocidental, na implantação de sua industrialização. Embora as origens desse pensamento filosófico datem do século XVIII, somente no seguinte, com Auguste Contes, o positivismo ganhou expressão.
No Brasil a influência do positivismo aparece no início da República e na década de 1970, com a escola tecnicista.
No entanto, é importante registrar que o positivismo perdeu a importância na pesquisa das ciências sociais, porque a prática da investigação se transformou numa atividade mecânica, muitas vezes alheia às necessidades dos países, sem sentido (TRIVIÑOS, 1987).
O presente artigo mostra a contribuição de Auguste Comte à consolidação do positivismo e aborda a influência que essa corrente filosófica exerceu no Brasil.
Principais Características do Positivismo
O positivismo é uma linha teórica da sociologia, criada pelo francês Auguste Comte (1798-1857), que começou a atribuir fatores humanos nas explicações dos diversos assuntos, contrariando o primado da razão, da teologia e da metafísica. Segundo Henry Myers (1966), o "Positivismo é a visão de que o inquérito científico sério não deveria procurar causas últimas que derivem de alguma fonte externa, mas, sim, confinar-se ao estudo de relações existentes entre fatos que são diretamente acessíveis pela observação". Em outras palavras, os positivistas abandonaram a busca pela explicação de fenômenos externos, como a criação do homem, por exemplo, para buscar explicar coisas mais práticas e presentes na vida do homem, como no caso das leis, das relações sociais e da ética. Para Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação. O fundador da linha de pensamento sintetizou seu ideal em sete palavras: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. Comte preocupou-se em tentar elaborar um sistema