Positivismo na educação brasileira
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No Brasil esta influência aparece no início da República e na década de 70, com a escola tecnicista. Foi muito divulgado por intermédio do Apostolado Positivista que se incorporou ao movimento pela proclamação da república e da elaboração da constituição de 1891. O movimento republicano apoiou-se em idéias positivistas para formular sua ideologia da ordem e do progresso, graças particularmente à atuação de Benjamim Constant (1836-1891). O positivismo de Comte chegou ao Brasil em meados do século XIX. As idéias positivistas encontraram boa receptividade entre muitos oficiais do exército. Com um currículo voltado para as ciências exatas e para a engenha-ria, a educação se distancia da tradição humanista e acadêmica, havendo uma certa aceitação das formas de disciplina típicas do positivismo. As palavras “ordem e progresso” que fazem parte da bandeira brasileira indicam clara-mente a influência positivista. Na década de 70 deste mesmo século, a escola tecnicista14 Historiografia teve uma presença marcante. A valorização da ciência como forma de conhecimento objetivo, passível de verificação rigorosa por meio da observação e da experimentação, foi importante para a fundamentação da escola tecnicista no Brasil. Para esta escola o elemento primordial é a tecnologia. Na escola tecnicista, professores e alunos ocupam papel secundário dando lugar à organização racional dos meios. Professores e alunos relegados à condição de executores de um processo cuja concepção, planejamento, coordenação e controle, ficam a cargo de especialistas supostamente habilitados, neutros, objetivos, imparciais (SAVIANI, 1993, p.24). Portanto, pode-se perceber pelas palavras de Saviani que neutralidade e objetividade são típicas do positivismo.
Na educação houve contribuições significativas no campo do planejamento escolar, uso da tecnologia, ensino profissionalizante e aplicação do conhecimento científico. Por outro lado, uma concepção puramente profissionalizante pode afetar o talento